O senador Weverton Rocha (PDT-MA) voltou a defender a anistia da dívida dos integrantes das cooperativas e associados comunitários de Rosário (MA), que contraíram empréstimos com os Bancos do Nordeste (BNB) e do Brasil (BB), referentes à implantação do Polo de Confecções do município. O projeto de lei (PL 675/2019) de autoria do parlamentar que trata do assunto está em análise na Comissão de Assuntos Econômico (CAE). Nesta terça-feira (19), foi feito um pedido de vista e o PL deve retornar à pauta de discussões na próxima semana. De acordo com a proposta, os anistiados terão ainda os nomes excluídos da Serasa, SPC e Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
“Espero que possamos dar logo tranquilidade para essas famílias que estão com o nome sujo porque levaram um grande calote.
A obra está lá inacabada e essas pessoas estão sem conseguir tocar a sua vida”, afirmou o parlamentar.
O Polo de Confecções de Rosário foi anunciado como um grande empreendimento em 1995, quando a empresa Kao-I Indústria e Comércio de Confecções, de Taiwan, celebrou um acordo com o governo do Maranhão para a construção de uma fábrica de confecções na cidade, que fica a 70 quilômetros de São Luís e tem 40 mil habitantes.
Na época, foram criadas associações de moradores, depois reunidos na cooperativa Rosacoop, para trabalhar na fábrica.
Cerca de 3,6 mil pessoas contraíram empréstimos bancários (R$ 4 milhões do Banco Mundial, via BB e R$ 7,2 mi do BNB), em valores de 1995 e 1996, para comprar máquinas de costura.
“Os trabalhadores assinaram toda a documentação junto aos bancos confiando naqueles que conduziam o empreendimento, que teriam gerenciado os recursos diretamente. Essas pessoas estão até hoje com o nome sujo. São trabalhadores que merecem dignidade”, declarou o senador.