Estamos caminhando para o final de 2020, ano marcado por uma pandemia avassaladora, que paralisou a economia mundial e tem deixado marcas tristes na memória da humanidade. Infelizmente, ao que tudo indica chegaremos a 2021 tendo que conviver com a pandemia do novo coronavírus, alternando momentos de mais e menos cuidados, enquanto nos preparamos para a chegada da tão esperada vacina contra a Covid-19. Neste cenário, o Congresso Nacional e o Executivo precisam se adiantar na discussão de como será a estratégia de vacinação no Brasil.
Não dá para improvisar, nem para esperar os testes de vacina ficarem prontos. Cientistas do mundo inteiro estão trabalhando arduamente em várias alternativas promissoras e certamente teremos uma solução viável disponível no próximo ano, ainda que seja em quantidade suficiente apenas para os grupos mais vulneráveis à doença. Quando a vacina estiver pronta, as autoridades públicas de saúde também precisam estar, para que a população tenha respostas o mais rápido possível.
Na semana que passou, o meu partido, o PDT, ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja reconhecida a competência de estados e municípios na definição de uma política de vacinação compulsória contra a Covid-19. Sem exclusividade do governo federal. Essa ação foi necessária tanto porque o Brasil é um país continental, em que as realidades regionais são muito diferentes entre si, como pelo fato de que não há, até o momento, clareza de qual será a política nacional para o enfrentamento do assunto.
Ao mesmo tempo nós, no Legislativo, já estamos analisando propostas de definição de critérios de prioridade, a fim de garantir que profissionais mais expostos, pessoas dos grupos de risco e os mais vulneráveis sejam protegidos de forma imediata. Teremos que chegar a um consenso sobre quem se enquadra nos perfis de prioridade e esperamos que o Executivo se sente à mesa de discussão, sem ideologias, baseado em informações técnicas e demográficas e disposto a ouvir estados e municípios sobre suas necessidades.
O Brasil é um país gigante, com muita diversidade regional que precisa ser considerada. Mas é um país só. E todos queremos encontrar saída para essa terrível crise sanitária que já tirou a vida de cerca de 160 mil brasileiros. Com diálogo, bom senso e amor pelas pessoas, precisamos estabelecer urgentemente um protocolo de vacinação para que nos próximos anos possamos retomar a normalidade com segurança e garra de fazer um país melhor.
Senador Weverton
Líder do PDT no Senado