Embora durante toda a minha vida eu tenha convivido com notícias envolvendo os baixos indicadores sociais do Maranhão, não consigo me acostumar a elas. Os números, que para os jornais do sul são gráficos, para mim, representam maranhenses que passam necessidade e precisam de ajuda para melhorar de vida. Reduzir a pobreza no Maranhão é o nosso maior desafio neste momento.
Um estudo recente do economista Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) mostrou que o Maranhão é o estado com a menor renda média do País. Enquanto a renda média brasileira é de R$ 1.310,00, a maranhense é de apenas R$ 409,00.
O resultado dessa baixa renda se reflete obviamente em todos os outros indicadores de educação e saúde. Segundo a Fiocruz, em 2022, o Maranhão foi o segundo estado em número de internações de crianças por desnutrição. Sem trabalho, os pais têm dificuldade de alimentar seus filhos e dependem cada vez mais dos programas de transferência de renda.
A pandemia certamente tem sua parcela de responsabilidade, ao piorar uma economia que já não ia bem e tornar os empregos mais escassos. Mas vivemos um problema crônico, de solução complexa, que é maior que um governo. Um problema que exige de todos nós pensamento criativo e proatividade.
Apresentei um projeto de lei que incentiva a capacitação e a contratação de mulheres acima de 50 anos. Muitas delas são chefes de família e ficam fora do mercado de trabalho ou em subempregos por conta da idade. É minha forma de tentar ajudar. Assim como o projeto de lei de minha autoria que estimula o crédito, com apoio técnico, para jovens empreendedores.
Estou contribuindo da forma que posso, como senador. E vou continuar buscando recursos e informações e apresentando as potencialidades do nosso estado aonde eu for.
Governo e empresários também precisam fazer sua parte. Precisamos de políticas públicas de atração de investimentos e estímulo às vocações econômicas das diversas regiões do estado. Há espaço para muitas diferentes atividades econômicas, que podem ser exploradas de forma sustentável e inclusiva, mediante um pacto dos setores público e privado, com garantia de infraestrutura e capacitação dos trabalhadores.
O Maranhão não pode continuar indefinidamente sendo destaque no noticiário por indicadores ruins. Mudar essa realidade é responsabilidade de todos e exige diálogo constante entre todos os setores. Se todos se unirem conseguiremos superar o desafio de reduzir a pobreza e gerar riquezas para os maranhenses.
Senador Weverton Rocha