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NotíciasAs queimadas e o desenvolvimento econômico

20 de setembro de 2020

O Pantanal está em chamas, assim como a Amazônia já esteve, e o governo federal cruza os braços como se esse não fosse um problema sério a ser enfrentado pelo Estado brasileiro. A consequência dessa inércia governamental é o comprometimento não apenas do futuro das próximas gerações, como do presente da economia nacional, uma vez que a imagem do país está sendo cada vez mais associada à falta de responsabilidade social, com impacto nas transações comerciais.

É um anacronismo achar que a proteção ao meio ambiente é inimiga do desenvolvimento econômico. Esse conceito de um progresso que destrói tudo é do século passado. Hoje o mundo pede uma nova postura.

A agricultura mais moderna já não promove queimadas para limpar as áreas e há experiências muito bem sucedidas de culturas que são, ao mesmo tempo, sustentáveis e lucrativas. Portanto, não é justo associar a agropecuária brasileira a essa enorme agressão que a Amazônia e o Pantanal vem sofrendo.

O problema é a ausência do poder público, que deveria fiscalizar o cumprimento da lei de proteção ambiental, valorizar as experiências positivas e auxiliar os produtores com informações e técnicas para práticas cada vez mais sustentáveis. Sem essa presença forte, o que está sendo sinalizado é que tudo pode, inclusive queimar e destruir um enorme ativo nacional de fauna e flora, cuja importância é vital para as futuras gerações.

O Brasil precisa voltar para o eixo da legalidade, pautando o tema do desenvolvimento sustentável como meta. Precisamos explorar nossas riquezas com racionalidade, com valores do século XXI, tendo a clareza que progresso e responsabilidade ambiental andam juntos.

Weverton, senador e líder do PDT no Senado

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