Tivemos um 2017 muito difícil. Um ano de retrocessos, de perdas de direitos e de desencantamento. Mas toda dificuldade sempre contém uma oportunidade, ainda que seja de aprendizado. Acredito, portanto, que 2017 foi um ano que possibilitou reflexão, que demonstrou onde estão os verdadeiros erros e, por isso mesmo, permitirá que 2018 seja um ano melhor. E vejo nas eleições um caminho direto e seguro para que as coisas comecem a mudar.
O presidente Temer e seus aliados chegaram ao poder afirmando que o impeachment seria a solução para a crise econômica do Brasil. Uma vez no poder, mesmo sem legitimidade, tentaram fazer de 2017 o ano das reformas liberais, anunciando que elas seriam o caminho para a retomada do crescimento. Na prática o que se viu foi uma inédita flexibilização das leis trabalhistas, com perda de direitos históricos e criação de uma nova classe de trabalhadores intermitentes que podem ganhar menos que o salário mínimo; aumentos expressivos do preço da energia elétrica, do gás e do combustível; extrema liberalidade com os grandes devedores, presenteados com um generoso Refis; e ameaça ao direito de aposentadoria dos brasileiros. Ao mesmo tempo, os escândalos políticos tornaram-se ainda mais evidentes, criando na população um sentimento de desesperança e descrédito na política.
Mas, apesar do cenário parecer sombrio, o momento não é de desânimo. Ao contrário. O momento é de ação, de protagonismo, de escolher e abraçar o caminho que se quer seguir. E as urnas são um espaço importante de manifestação dessa escolha.
Nas eleições, o povo poderá afirmar o que quer, tendo consciência que é preciso um projeto coletivo para o país. Um projeto que começa nos estados. Cada voto é importante, porque cada instância de poder é parte de uma engrenagem de representação que funciona como um conjunto. Se as partes são harmônicas, o conjunto funciona bem. Portanto, a decisão na hora de votar precisa ser baseada na expectativa de defesa daquilo que cada um considera mais importante. Feitas as escolhas, os representantes eleitos terão legitimidade para conduzir o Brasil para um rumo melhor.
No Maranhão registramos avanços consideráveis nos últimos três anos e é preciso dar continuidade a esse projeto. No âmbito federal precisaremos fazer correções de rota, voltando o governo para uma atuação mais comprometida em diminuir as grandes diferenças sociais do nosso país.
Para que isso ocorra, é fundamental o protagonismo da sociedade, que precisa mostrar sua vontade nas ruas, nas redes sociais e nas urnas, compreendendo que a solução reside e sempre residirá na democracia e a política, compreendida como prática do diálogo e da representação popular.
Tenho convicção de 2018 será melhor que 2017. Vou trabalhar para isso. E convido a todos a também trabalharem, fazendo a diferença no dia-a-dia, pois é nos pequenos atos que começam as grandes transformações. Vamos juntos transforma o Brasil no país que queremos para nós e para nossos filhos! Feliz Ano Novo!
Weverton Rocha, deputado federal