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24 de fevereiro de 2014

Awa-Guajá: Weverton Rocha denuncia expulsão de agricultores antes do prazo determinado pela Justiça

Neste sábado, cerca de 1.200 famílias de pequenos agricultores já começaram a deixar a região, sem que o Incra realize o reassentamento devido.

O deputado federal Weverton Rocha denunciou, neste domingo (23), que o processo de desintrusão da reserva indígena Awá-Guajá foi iniciado dois dias antes da data determinada pela Justiça. O prazo para o início da desintrusão de cerca de 1.200 famílias que residem no local terminaria nesta segunda-feira (24), mas alguns dos pequenos agricultores já começaram a sair de suas casas neste sábado.

Desintrusão SJ do Caru 01

Acompanhando o caso de perto, Weverton por diversas vezes denunciou na tribuna da Câmara Federal o descaso com que as famílias estão sendo tratadas. O parlamentar disse que, apesar das famílias já estarem sendo expulsas de suas casas, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ainda não providenciou o reassentamento destes trabalhadores. “Já fiz visitas à região e sei dos problemas que aquelas famílias estão enfrentando com a demarcação deste território. Não podemos cruzar os braços e deixar que essas centenas de trabalhadores sejam expulsos de suas terras, sem que o Incra e outros órgãos de governo responsáveis tomem as providências cabíveis”, frisou o deputado.

Localizadas entre os municípios de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, São João do Caru e Zé Doca, na região Noroeste do Maranhão, o território corresponde a uma área de 118 mil hectares que recentemente foram integrados às terras indígenas Awá-Guajá. Cerca de seis mil pessoas residem no local há mais de 20 anos.

O processo já se arrasta há anos e já foi debatido em vários processos. No início deste ano, a Justiça decidiu pela desintrusão da área e determinou que o Incra remanejasse mais de 1.200 famílias de pequenos agricultores moram na região. Até o momento o Incra não realizou o reassentamento destas pessoas, que já começaram a deixar suas casas.

Segundo informações do instituto, 265 famílias foram cadastradas na região, mas apenas 224 estão aptas a serem reassentadas em áreas disponíveis nas cidades de Parnarama e Coroatá. “Os dados que o Incra apresenta não são verídicos. São centenas de famílias de pequenos agricultores que moram na região e estão sendo obrigadas a deixar as suas casas, sem a menor assistência pelo poder público. A expulsão é de pessoas humildes, que dedicaram suas vidas às suas pequenas terras e lavouras”, disse Weverton.

Desintrusão SJ do Caru 02

Desintrusão SJ do Caru 03

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